Há algo surreal em pinturas em cavernas, algo de outro
mundo, um pouco psicodélico até. E, de acordo com uma equipe de cientistas, é
porque os pintores estavam sob efeito de drogas quando produziram suas obras.
Os pesquisadores Tom Froese, Alexander
Woodward e Takashi Ikegami, de Tóquio, recentemente publicaram um
estudo de mais de
40.000 anos de pinturas de cavernas e descobriram alguns padrões bem
interessantes. Os designs em espiral e labirínticos que aparecem em pinturas a
milhares de quilômetros de distância entre si podem não ter sido apenas
coincidência. Como esses padrões são consistentes com aqueles que muitos
humanos vêem após usarem drogas alucinógenas, os cientistas acreditam que os
antigos homens das cavernas também deviam gostar de
ficarem chapados.
Conhecidas especificamente como
“instabilidades Turing”, essas alucinações são comuns após a ingestão de diversas
plantas diferentes com propriedades psicoativas. Os padrões lembram “padrões
neurais” que imitam a composição estrutural do cérebro. “Quando esses padrões
visuais são vistos durante estados alterados de consciência, eles são
diretamente experienciados com muito significado,” explicam os pesquisadores.
“Em outras palavras, os padrões são diretamente percebidos como algo
significativo e isso é um motivo para seu uso em rituais.”