A delegada Maria Rodrigues da Silva, da Delegacia da
Mulher de João Pessoa, decidiu indiciar o zagueiro Fábio
Bilica, jogador do Elazgspor da Turquia, e dois amigos dele pelo estupro de uma
mulher e a filha dela de 15 anos. O caso aconteceu no último dia 5,
mas a queixa só foi registrada no dia 6. De acordo com a denunciante, o jogador
e seus amigos levaram as duas até o Aeroporto do Recife, onde a mãe teria sido
estuprada por Bilica.
Um
quarto homem ainda pode ser indiciado. Segundo a delegada, o depoimento do
terceiro amigo de Fábio Bilica ainda está sendo analisado e, por isso, ainda
não pode afirmar se ele também vai ser indiciado pelo crime de estupro. Os
quatro que estavam no carro, porém, foram indiciados por cárcere privado e
sequestro, já que mantiveram mãe e filha no mesmo veículo entre as 21h e 1h da
manhã.
Na
última sexta-feira (12), a delegada coletou o depoimento dos três homens que
estavam no carro com Bilica na noite do suposto crime, a caminho do Aeroporto
Internacional do Recife. O jogador não prestou depoimento pois está na Turquia,
mas ficará à disposição da Justiça para esclarecimentos. Segundo Maria
Rodrigues, Fábio Bilica foi indiciado pelo estupro da mulher e os dois amigos
pelo da adolescente.
O
resultado do exame de corpo delito realizado nas supostas vítimas deve ficar
pronto ainda esta semana. Ainda de acordo com a delegada, seis CDs com imagens
de circuito interno de câmeras do Aeroporto do Recife já foram enviados para
ela. A análise do material também deve ser feita nos próximos dias. A titular
da Delegacia da Mulher solicitou, ainda, uma perícia no carro do jogador.
A
defesa de Bilica considerou um absurdo o depoimento da adolescente. De acordo
com o advogado do jogador, Luís Fernando Ceriani, a garota já havia dito,
anteriormente, que ninguém havia tocado nela e que, inclusive, teria descido do
carro ao chegar no Aerporto do Recife junto com os outros rapazes. Na semana
passada, quando foi novamente ouvida pela delegada, a adolescente teria
afirmado que tentaram beijá-la e passar a mão nas partes íntimas dela.
Apesar
disso, o advogado avalia que seja parte do procedimento indiciar os suspeitos.
“Já que existe a dúvida, tem que haver apuração. Cabe a nós, da defesa,
comprovar que não é verdade, assim como cabe ao Ministério Público verificar o
enquadramento do crime”, afirmou.