Governo vai contratar 4 mil médicos cubanos


O governo federal vai contratar 4 mil médicos cubanos em um convênio com a Organização Panamericana de Saúde (Opas). Os médicos irão suprir as vagas não preenchidas no programa Mais Médicos.
Outros dois mil médicos cubanos virão até 4 de outubro e o restante chegará no começo de novembro. "Eles vão passar pelos mesmos processos de avaliação. Se não forem aprovados, voltam para casa", diz o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
De acordo com ele, muitos já trabalharam em países de língua portuguesa, todos têm residência médica em Medicina de Família, 84% têm mais de 16 anos de experiência em medicina e 89% têm mais de 35 anos.
"A diferença dos médicos que chegam pela cooperação bilateral é que eles só vão ocupar vagas não preenchidas nos processos de inscrições individuais. Eles vão complementar o programa Mais Médicos", afirma Padilha. Ao contrário dos brasileiros e estrangeiros que se inscreveram no Mais Médicos, os cubanos não poderão escolher os municípios para onde serão enviados.
Nem o Ministério da Saúde, nem a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), que vai intermediar o acordo com o governo cubano, sabem dizer quanto estes profissionais vão receber pelo trabalho. "O ministério passa o mesmo valor unitário e é a Opas que vai fazer a negociação com Cuba", disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, acrescentando que o acordo é entre a Opas e Cuba.
As duas instituições informaram também que é o governo de Cuba que decide se os profissionais vão poder trazer sua família para o Brasil. O ministro ressaltou que, assim como com os outros profissionais, a alimentação e moradia dos médicos são responsabilidade dos municípios que os receberão.
Todos os médicos com diploma estrangeiro e sem revalidação vão passar por três semanas de capacitação, com foco no funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e na língua portuguesa, antes de começarem a atuar. Durante o período de atuação, terão o trabalho supervisionado por universidades.
Mais médicos
A partir da segunda quinzena de setembro, 358 médicos estrangeiros começam a trabalhar nas cidades do interior e periferias dos grandes centros por meio do Programa Mais Médicos.
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