Líderes mundiais indicam que G-8 será substituído pelo G-14

Os chefes de Estado dos sete países mais desenvolvidos e a Rússia (G-8) encerraram a cúpula de três dias realizada em Áquila, na Itália, com o entendimento de que, sozinho, o clube dos ricos não é mais capaz de tomar decisões sobre os principais temas globais, entre eles, a crise financeira mundial. É necessário adequar o debate à nova dinâmica de poder, ampliando o fórum para os países em desenvolvimento, concluíram."Uma coisa é absolutamente verdadeira: parece ser errado pensarmos que podemos de alguma forma lidar com alguns desses desafios globais sem grandes potências como China, Índia e Brasil", admitiu o presidente americano, Barack Obama, a jornalistas . "Não há dúvida que é preciso atualizar e renovar as instituições internacionais que se estabeleceram em outros tempos e lugares." Obama lembrou que algumas dessas instituições datam do pós-guerra. Outras, como o G-8, já completaram 30 anos. Criado em 1975, com seis membros (Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália), o G-8 recebeu anos depois o Canadá e a Rússia. E, no encontro atual, com os convidados Brasil, México, China, Índia, África do Sul e Egito, surgiu espontaneamente o já intitulado "G-14"."Estamos em um período de transição, estamos tentando encontrar o formato certo", disse Obama, acrescentando que a evolução vai demorar anos. Segundo o anfitrião, o presidente italiano Silvio Berlusconi, houve consenso de que as potências industriais não refletem mais as mudanças no padrão de poder econômico mundial. Para ele, o novo grupo criado na Itália pode se transformar em um fórum dominante para discussões internacionais. "No que me diz respeito, o G-14 é o formato com que no futuro teremos a melhor possibilidade de tomar as decisões mais importantes sobre a economia global, e não somente isso."
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