Oposição do PTN marca primeira sessão na Câmara

Os vereadores de Salvador iniciaram seus trabalhos nesta terça-feira (3) sob uma chuva de denúncias contra o prefeito da capital baiana, ACM Neto (DEM). O PTN fez seu papel de oposição e será um dos principais adversários do gestor soteropolitano. Logo na primeira sessão do ano, os edis peteenistas, puxados pelo vereador Beca, denunciaram uma possível retaliação do demista à comunidade do bairro Luiz Anselmo.
Beca e Carlos Muniz apontaram que policiais da Casa Militar do prefeito estavam fazendo segurança aos funcionários da Secretaria de Manutenção na realização da reforma de uma escadaria no bairro. A presença dos seguranças teria causado protestos dos moradores que se organizaram com o edil Beca e utilizaram recursos próprios para a construção do equipamento.
“ACM neto está utilizando dos mesmos mecanismos do avô. É uma maldade com a população. A prefeitura não cumpre seu papel e quando a população resolve fazer tem tudo destruído. Isso é só para ele [prefeito] dizer que quem manda lá é ele”, disse Muniz.
Beca também usou a tribuna para criticar a ação do gestor. “É represália. Funcionários estão sendo demitidos, o equipamento que construímos o prefeito derrubou. É um absurdo levar seguranças para a comunidade”, criticou.
Quem alimentou o coro foi o vereador petista, Gilmar Santiago, ao pontuar que os policiais estavam à paisana, ou seja, armados.
Arnando Lessa enfatizou que a Casa precisa investigar o desvio de função desses policiais. “SE estão trabalhando para o prefeito e vão para o bairro fazer segurança então é desvio de função. Precisamos investigar”, defendeu.
Outro peteenista que acusou ações do prefeito ACM Neto foi o primeiro secretário da mesa diretora, Kiki Bispo. Ao Bocão News, Bispo condenou a prefeitura em relação às emendas ao orçamento. “Lamento que a Casa tenha aprovado o orçamento, que eu tenha me reunido com o secretário, discutido com a comunidade de Castelo Branco para obras em uma praça, que eu tenha destinado 200 mil reais da minha cota para isso e quando chega na metade da obra, a prefeitura coloca uma pessoa que não tem conhecimento do bairro para dizer que a obra é do prefeito. Um total desrespeito e outra forma de represália”, desaprovou.

Fonte: Bocão News
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