Porto Alegre (RS) decide regularizar profissão de "flanelinha"

Sai o flanelinha, entra o guardador de carro profissional. Em Porto Alegre (RS), um termo de compromisso assinado nesta terça-feira entre a prefeitura, o Ministério do Trabalho e a Brigada Militar reconheceu como legal a atuação dos flanelinhas --chamados de "protetores de patrimônio"-- e dos lavadores de automóveis do município.
Um grupo de 72 profissionais começa a trabalhar oficialmente a partir de desta quarta-feira (1º). A "estreia" será no entorno do estádio Beira-Rio, onde acontece a final da Copa do Brasil, entre Internacional e Corinthians.
A ideia é que os profissionais, que devem ter mais de 18 anos, atuem em eventos esportivos e culturais de Porto Alegre com carteirinha e uniforme --azul e amarelo, camisa branca e gravata preta-- para se diferenciar dos guardadores ilegais.
Os guardadores devem atuar a cerca de um quilômetro dos estádios e não podem estipular preços para os clientes. Para trabalhar, devem ter também "ficha limpa" na polícia. O motorista paga ao guardador somente se quiser.
A Brigada Militar (a PM gaúcha) poderá até encaminhar para a delegacia os flanelinhas que atuarem sem identificação.
Segundo João Luiz de Almeida Abreu, diretor-executivo da Cooperamplo (Cooperativa de Auxílio Amplo), associação que reúne guardadores de carro da cidade, Porto Alegre é o primeiro município a reconhecer os trabalhadores como categoria.
O exercício da profissão de guardador e lavador autônomo de veículos é previsto em lei federal de 1975, mas é responsabilidade dos municípios criar normas específicas para a atuação desses trabalhadores. O plano, diz Abreu, é formar uma central sindical com guardadores de outros Estados e organizar cursos de aperfeiçoamento.
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